terça-feira, 30 de julho de 2013
Exu
Divindade mensageira entre os homens e os Orixás e desses entre si. Um dos deuses mais polêmicos das religiões afro-brasileiras. Desde sua origem, na África, está associado ao poder de fertilização e à força transformadora das coisas. Nada se faz, portanto, sem sua permissão. Entre os objetos que o representam está o ogó, instrumento de madeira esculpido em forma de pênis e adornado com cabaças e búzios, que representam os testículos e o sêmen. Espírito justo, porém vingativo, Exu nada executa sem obter algo em troca e não esquece de cobrar as promessas feitas a ele. Um mito iorubano conta que dois amigos esquecerem de fazer as oferendas devidas a Exu. Esse colocou na cabeça um chapéu pintado: de um lado vermelho e de outro branco. Ao passar entre os dois amigos, cumprimentou-os e prosseguiu. Os amigos, intrigados, se questionaram: "Quem seria o andarilho com aquele chapéu vermelho?". O outro retrucou: "Não, o chapéu era branco". Discutindo a respeito da cor do chapéu, os amigos começaram a brigar até matarem-se.
O dia de Exu é a segunda-feira, dia das almas no calendário católico, e suas comidas preferidas são o galo, farofa de dendê, pimenta e cachaça. Por ser mensageiro entre os mundos, também está relacionado com a morte, por isso recebe oferenda em cemitérios e nas encruzilhadas (onde os caminhos se encontram). No rito jeje, o deus mensageiro é Elegbará, Legba ou Bará (conforme se diz no batuque gaúcho. No rito angola é Aluviá.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
terça-feira, 23 de julho de 2013
Alguns esclarecimentos sobre o NEABI
(Professora Dayane Santos)
O sistema nacional de ensino tem
entre seus objetivos desenvolver e aperfeiçoar os estudos relacionados ao
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, previstos pela Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), a qual
foi modificada pela Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003 e alterada pela Lei
nº 11.645, de 10 de março de 2008. Essa última, especificamente, estabelece a
obrigatoriedade do estudo da História, Cultura Afro-Brasileira e Indígena em
estabelecimentos de ensino fundamental e médio públicos ou privados, os quais
deverão contemplar, em seus currículos, aspectos da
história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira a partir
desses dois grupos étnicos. Nessa perspectiva, também são relevantes temas como:
o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos
indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio
na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas
social, econômica e política, pertinentes a nossa história.
Como desdobramento das leis citadas,
foi criado para a Educação Profissional e Tecnológica o Plano Nacional de Implementação
das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das relações étnico-raciais
e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (2004). Designou,
dentre outras ações, a criação de Núcleos de Estudos Afro-brasileiros.
Neste ano, o
Instituto Federal Fluminense apresentou a possibilidade de implantação de
NEABIs em seus campi. A partir disso, a professora Raquel Fernandes submeteu um
projeto desejoso em ser o campus-Guarus um dos locus desses núcleos. Tal
conquista foi alcançada, e as expectativas em realizar esse projeto mobilizaram
outras professoras do campus: Dayane (da disciplina História) e Aída (da disciplina
Língua Portuguesa e Literatura). Ainda em fase de construção, o núcleo já
possui algumas idealizações que poderão se tornar concretas. Dentre elas:
- Promover atividades que
contemplem o ensino, pesquisa e extensão;
- Incentivar ações que
permitam conhecer o perfil dos membros da comunidade interna e externa que se
reconhecem como pretos e pardos;
- Promover encontros de
reflexão e capacitação de servidores para o conhecimento, valorização da
história dos povos africanos e da cultura afro-brasileira;
- Colaborar em ações que
permitam o aumento do acervo bibliográfico que contemplem as demandas do núcleo;
- Oportunizar espaços de
integração da cultura afro-brasileira e indígena no contexto da diversidade
cultural e étnica do campus;
- Colaborar para que as
determinações das Leis nº10.639/03 e
11.645/08 sejam cumpridas, de modo que
o processo de aprendizagem dos alunos seja pleno, bem como o exercício da
cidadania.
Finalmente, como ações
imediatas, foram propostos pelos membros do núcleo:
- Um ciclo de 6 oficinas,
sendo quinzenais nos meses de agosto, setembro e outubro, com os seguintes
temas: 1. Arte e Cultura Afro-brasileira; 2. Um olhar fotográfico
Angola-Brasil; 3. Jóias Étnicas; 4. Cultura e Arte Indígena; 5. Danças
brasileiras oriundas das culturas ancestrais; 6. Literatura da Diáspora.
- Exibição de filmes
sobre os temas como um cineclube.
Então, vamos ao trabalho!
Contamos com a colaboração de todos que se interessem por essa temática.
domingo, 14 de julho de 2013
Nossa Equipe
Nesta semana, faremos a apresentação de nossa equipe: professores e alunos bolsistas do nosso Núcleo. Para começar vamos apresentar a Tayná.
Tayná Azevedo
Sou
Brasileira e nasci no interior do RJ em Campos Dos Goytacazes. Tenho
17 anos, e estou cursando o último ano do ensino médio técnico integrado
em meio ambiente no Instituto Federal Fluminense Campos Campus Guarus.
Meu
objetivo nesse blog é poder tirar todas as dúvidas e atiçar a
curiosidades de todos sobre as culturas Afro
Brasileiras e Indígenas, isso tudo através de textos básicos sobre
o assunto e algumas notícias que dizem respeito a isto. Estaremos
também produzindo enquetes e além disso irei divulgar sempre
palestras, eventos e atividades que serão realizadas em nosso
Campus Guarus. Estou muito interessada em estudar e aprender mais sobre a
cultura Indígena e Afro Brasileira pois assim como muitos
Brasileiros sou mestiça, tenho pessoas negras em minha família e
também descendente indígena. Então vai ser muito interessante
saber como vivem essas culturas, suas crenças, seus
valores, suas lutas para sobreviver, suas formas de lazer entre
outras coisas.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Já estamos em funcionamento
O NEABI - Núcleo de Estudos Afro Brasileiros e Indígenas acabou de nascer e começou a funcionar no IFF Campos Campus-Guarus. Ele está sob a coordenação das professoras Raquel Fernandes e Dayane Santos e tem o suporte de pesquisa dos professores Aída Maria Ribeiro Jorge e Leonardo de Vasconcellos Silva. Além, é claro, de nossos bolsistas que serão apresentados no próximo post.
Estaremos a disposição na nossa instituição para promover ações que divulguem e criem espaços de discussão, transformação e produção de conhecimento na área de cultura e arte afro-brasileira e indígena, matrizes essenciais na formação da cultura brasileira.
Em breve teremos novidades, parceiros, palestras, eventos e cursos em geral.
Mande um e-mail pra gente pedindo seu cadastramento na nossa mala direta, assim você ficará sabendo em primeira mão dos nossos eventos. neabiguarus@gmail.com
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