(Professora Dayane Santos)
O sistema nacional de ensino tem
entre seus objetivos desenvolver e aperfeiçoar os estudos relacionados ao
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, previstos pela Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), a qual
foi modificada pela Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003 e alterada pela Lei
nº 11.645, de 10 de março de 2008. Essa última, especificamente, estabelece a
obrigatoriedade do estudo da História, Cultura Afro-Brasileira e Indígena em
estabelecimentos de ensino fundamental e médio públicos ou privados, os quais
deverão contemplar, em seus currículos, aspectos da
história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira a partir
desses dois grupos étnicos. Nessa perspectiva, também são relevantes temas como:
o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos
indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio
na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas
social, econômica e política, pertinentes a nossa história.
Como desdobramento das leis citadas,
foi criado para a Educação Profissional e Tecnológica o Plano Nacional de Implementação
das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das relações étnico-raciais
e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (2004). Designou,
dentre outras ações, a criação de Núcleos de Estudos Afro-brasileiros.
Neste ano, o
Instituto Federal Fluminense apresentou a possibilidade de implantação de
NEABIs em seus campi. A partir disso, a professora Raquel Fernandes submeteu um
projeto desejoso em ser o campus-Guarus um dos locus desses núcleos. Tal
conquista foi alcançada, e as expectativas em realizar esse projeto mobilizaram
outras professoras do campus: Dayane (da disciplina História) e Aída (da disciplina
Língua Portuguesa e Literatura). Ainda em fase de construção, o núcleo já
possui algumas idealizações que poderão se tornar concretas. Dentre elas:
- Promover atividades que
contemplem o ensino, pesquisa e extensão;
- Incentivar ações que
permitam conhecer o perfil dos membros da comunidade interna e externa que se
reconhecem como pretos e pardos;
- Promover encontros de
reflexão e capacitação de servidores para o conhecimento, valorização da
história dos povos africanos e da cultura afro-brasileira;
- Colaborar em ações que
permitam o aumento do acervo bibliográfico que contemplem as demandas do núcleo;
- Oportunizar espaços de
integração da cultura afro-brasileira e indígena no contexto da diversidade
cultural e étnica do campus;
- Colaborar para que as
determinações das Leis nº10.639/03 e
11.645/08 sejam cumpridas, de modo que
o processo de aprendizagem dos alunos seja pleno, bem como o exercício da
cidadania.
Finalmente, como ações
imediatas, foram propostos pelos membros do núcleo:
- Um ciclo de 6 oficinas,
sendo quinzenais nos meses de agosto, setembro e outubro, com os seguintes
temas: 1. Arte e Cultura Afro-brasileira; 2. Um olhar fotográfico
Angola-Brasil; 3. Jóias Étnicas; 4. Cultura e Arte Indígena; 5. Danças
brasileiras oriundas das culturas ancestrais; 6. Literatura da Diáspora.
- Exibição de filmes
sobre os temas como um cineclube.
Então, vamos ao trabalho!
Contamos com a colaboração de todos que se interessem por essa temática.
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