terça-feira, 23 de julho de 2013

Alguns esclarecimentos sobre o NEABI

(Professora Dayane Santos)
            O sistema nacional de ensino tem entre seus objetivos desenvolver e aperfeiçoar os estudos relacionados ao ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, previstos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), a qual foi modificada pela Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003 e alterada pela Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. Essa última, especificamente, estabelece a obrigatoriedade do estudo da História, Cultura Afro-Brasileira e Indígena em estabelecimentos de ensino fundamental e médio públicos ou privados, os quais deverão contemplar, em seus currículos, aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira a partir desses dois grupos étnicos. Nessa perspectiva, também são relevantes temas como: o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes a nossa história.
            Como desdobramento das leis citadas, foi criado para a Educação Profissional e Tecnológica o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das relações étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (2004). Designou, dentre outras ações, a criação de Núcleos de Estudos Afro-brasileiros.
 Neste ano, o Instituto Federal Fluminense apresentou a possibilidade de implantação de NEABIs em seus campi. A partir disso, a professora Raquel Fernandes submeteu um projeto desejoso em ser o campus-Guarus um dos locus desses núcleos. Tal conquista foi alcançada, e as expectativas em realizar esse projeto mobilizaram outras professoras do campus: Dayane (da disciplina História) e Aída (da disciplina Língua Portuguesa e Literatura). Ainda em fase de construção, o núcleo já possui algumas idealizações que poderão se tornar concretas. Dentre elas:
- Promover atividades que contemplem o ensino, pesquisa e extensão;
- Incentivar ações que permitam conhecer o perfil dos membros da comunidade interna e externa que se reconhecem como pretos e pardos;
- Promover encontros de reflexão e capacitação de servidores para o conhecimento, valorização da história dos povos africanos e da cultura afro-brasileira;
- Colaborar em ações que permitam o aumento do acervo bibliográfico que contemplem as demandas do núcleo;
- Oportunizar espaços de integração da cultura afro-brasileira e indígena no contexto da diversidade cultural e étnica do campus;
- Colaborar para que as determinações das Leis nº10.639/03 e 11.645/08 sejam cumpridas, de modo que o processo de aprendizagem dos alunos seja pleno, bem como o exercício da cidadania.
Finalmente, como ações imediatas, foram propostos pelos membros do núcleo: 
- Um ciclo de 6 oficinas, sendo quinzenais nos meses de agosto, setembro e outubro, com os seguintes temas: 1. Arte e Cultura Afro-brasileira; 2. Um olhar fotográfico Angola-Brasil; 3. Jóias Étnicas; 4. Cultura e Arte Indígena; 5. Danças brasileiras oriundas das culturas ancestrais; 6. Literatura da Diáspora. 
- Exibição de filmes sobre os temas como um cineclube. 
Então, vamos ao trabalho! Contamos com a colaboração de todos que se interessem por essa temática. 


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