quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Nossa equipe

      

      Sou Brasileira, nascida em São Gonçalo,  RJ, tenho 17 anos e estou cursando o último ano, como técnica ambiental, integrado ao ensino médio, no Instituto Federal Fluminense Campos campus Guarus.
Formalidades à parte, eu gostaria de dizer que estou super empolgada com essa oportunidade de poder aprender, produzir e divulgar a cultura Afro Brasileira e Indígena. Sempre me interessei pelo assunto, aliás,  tudo que diz respeito a cultura me desperta curiosidade. O Brasil é um dos países mais diversificados neste aspecto, porém poucas pessoas conhecem ou dão importância para isso, infelizmente.  Eu, por meio deste blog, pretendo chamar a atenção de todos para este assunto, que é mais do que importante, até porque quando estudamos as nossas próprias origens, passamos a nos conhecer melhor também.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

I - Da África para o Brasil. "Donde vem? onde vai?"


(Érica da Silva Ribeiro/José Carlos A. de A. Júnior)     
      Como questiona o eu lírico do Poema Navio Negreiro (Castro Alves),   nós também queremos entender as origens e os destinos específicos dos escravos africanos que tanto contribuíram na formação do nosso país.  
      Por volta de 1580, os escravos começam a chegar ao Brasil para suprir as necessidades de mão de obra provenientes do ciclo do açúcar no nordeste e posteriormente no sudeste, e das dificuldades de escravização dos índios.Além disso, nessa época, aumenta o número de portugueses na costa africana, que usam o tráfico de escravos por ser um negócio bastante lucrativo. 
      Os portugueses, na África, concentravam-se na ilha de Cabo Verde, na região do rio Gâmbia e na costa entre os rios Níger e Volta,  na ilha de São Tomé, Golfo da Guiné, Congo, Angola e na costa de Luanda.
      A partir do final do século XVIII, os brasileiros passaram a dominar o comércio entre a Costa da Mina e Salvador e Luanda e Rio de Janeiro. Os fortes de São Jorge de Mina e Ajudá serviam de base para o comércio na costa Guiné. Até início do século XVIII, a maioria dos escravos trazidos para o Brasil vinha do porto de Luanda (África centro-ocidental). Posteriormente passaram a vir muitos da Costa de Mina, todavia sempre acompanhados dos escravos da região de Angola.
       O Tráfico negreiro, então, pode ser dividido em três grandes ciclos:
- 1440 a 1580
      Escravos da Alta Guiné e rio Gâmbia, vendidos para os acãs, eram postos para abrir florestas e minas de ouro. Em Lisboa, eram postos para executar serviços domésticos e de transporte. Nas ilhas atlânticas, eram responsáveis pela plantação de cana e engenhos. Nas ilhas de Cabo Verde, eram usados na mão de obra da colonização portuguesa naquele local. Iam, também, para as minas de prata localizadas na América Espanhola.
- 1580 a 1690
     De Luanda passou-se a retirar mais escravos, em decorrência das guerras de dominação do território de Angola, no qual haveria prata. Os portugueses prendiam o maior número possível de negros e depois os colocavam a venda aos comerciantes da costa. Crescia o número de escravos traficados nessa época, pois a atividade açucareira no nordeste estava em ascensão. Nesse período os holandeses ocuparam o nordeste (1630-1661) e Luanda (1640-1647), daí vinham escravos para os engenhos.
- 1690 a 1850
     O tráfico partia principalmente da Costa de Mina e Angola. Houve, nessa época, ligação estreita entre Salvador  e a Costa de Mina e Angola e Rio de Janeiro. Nesse momento, iam para o nordeste escravos de origem sudanesa; para o sudeste, bantos e para o norte(São Luís e Belém), da Alta-Guiné, principalmente de Bissau, Cabo Verde e Angola.
      No século XIX, Zambézia passou a fornecer escravos a partir de Moçambique (colônia portuguesa), que tornou-se vantajosa pela vigilância britânica em outras rotas.
       Continuação na parte II... 

Bibliografia:
SOUZA, M. M. ÁFRICA E BRASIL AFRICANO. 2. ed. São Paulo: Ática, 2007. 176 p.

Nossa Equipe

 

     Sou de Campos dos Goytacazes – RJ. Tenho 17 anos, sou formada no curso
Técnico em Meio Ambiente integrado ao Ensino Médio pelo IFF – Guarus e estou 
cursando o primeiro período de Licenciatura em Letras no IFF – Campos Centro.
Fiquei muito feliz ao receber o convite para participar do projeto. Apesar 
de morarmos num país mestiço, as culturas Indígenas e Afro Brasileiras são pouco 
conhecidas ou aceitas.
     Meu objetivo no blog é contribuir, por meio de pesquisas e quaisquer outras 
contribuições possíveis, para o aumento do conhecimento e vontade de conhecer dos 
brasileiros sobre estas culturas que contribuíram enormemente para a formação do 
nosso Brasil. 
     Estou empolgadíssima para o início, sou grande fã da cultura indígena e 
orgulhosamente negra. Estudar estas culturas será extremamente satisfatório para mim. 
Emociona-me saber que descendo de culturas tão ricas e lindas como estas e espero que 
outras pessoas deem-se conta disto com o auxílio do nosso projeto. 


Nossa Equipe

   
 
     Meu nome é José Carlos Alves de Azeredo Júnior, sou natural de Campos dos Goytacazes, RJ. Tenho 18 anos e curso Licenciatura em Letras (Língua Portuguesa e literaturas), no Campus Campos-centro. Fiz ensino médio integrado ao técnico ambiental no Campus Guarus e formei-me há cerca de um ano.     Fico muito feliz em fazer parte da equipe deste núcleo, pois sei que há uma necessidade de entendimento das culturas africana e indígena, haja vista que são parte fundamental na formação da nossa nação. Alegro-me, também, pois o tema vem ao encontro do meu curso de graduação: as influências indígenas e africanas na linguagem brasileira são enormes e muito ricas, posso dizer até muito úteis para a nossa comunicação. Desejo conhecer o berço desse valoroso banquete  de deliciosas influências, conhecer os modos de vida e principalmente aprender formas de viver melhor, de pensar o mundo e de se relacionar com o próximo e com o ambiente. Claro, além de me servir deste banquete, não vejo a hora de compartilhá-lo com todos pelo blog, para que também encantem-se com estes povos. 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Uiara (Yara ou Iara)

     
     A jovem tupi Uiara era a mais formosa mulher das tribos que habitavam ao longo do Rio Amazonas. Por sua doçura, todos os animais e plantas a amavam. Mantinha-se, entretanto, indiferente aos muitos admiradores da tribo. Em uma tarde de verão, após o pôr do sol, Uiara permanecia no banho quando foi surpreendida por um grupo de homens estranhos. Sem condições de fugir, a jovem foi agarrada e amordaçada. Acabou por desmaiar, sendo violentada e atirada no rio. O espírito da águas transformou o corpo de Uiara em um ser duplo: continuaria humana da cintura pra sima, tornando-se peixe no restante. Uiara passou a ser uma sereia, cujo canto atrai os homens de maneira irresistível. Ao ver a linda criatura, eles se aproximam e são arrastados para as profundezas, de onde nuca mais voltarão.
 
Fonte: Os Mitos indígenas: Uiara (Yara ou Iara) - a rainha das águas. Disponível em <http://berimbauverde.blogspot.com.br/2012/06/os-mitos-indigenas.html> 12/08/2013.


sábado, 3 de agosto de 2013

Ogum

   
     É o Orixá da guerra e do fogo. Conhecido, também, como ferreiro, é uma espécie de herói civilizador africano que conhece os segredos da forja, necessários para a fabricação de instrumentos agrícolas e de guerra . Por isso, seus símbolos são a espada e ferramentas como a enxada e a pá. No mito, Ogum teria sido filho do rei Odudua, fundador da cidade de Ifé (principal centro divulgador da cultura iorubana da África) e conquistador de vários reinos. No Brasil, suas virtudes para o combate o aproximavam dos santos guerreiros como Santo Antônio, que já no século XVI era considerado protetor dos portugueses contra os invasores luteranos. Santo Antônio recebeu diversas honrarias militares nas províncias brasileiras, foi alistado como soldado, chegando inclusive a ser promovido a capitão pelo governador da Bahia em 1705. Outro sincretismo de Ogum foi com São Jorge, ocorrido principalmente no Rio de Janeiro. Esse santo ,guerreiro, retratado em seu cavalo, de onde combate e vence, com uma lança, um dragão. Era, também, venerado pelo exército. Na guerra do Paraguai, na qual lutaram muitos negros, atribui-se à proteção de São Jorge (Ogum) a vitória dos brasileiros na Batalha de Humaitá. No rito jeje, corresponde a Ogum o vodum Doçu, filho do rei tido como cavaleiro que dança usando um chicote e também associado a São Jorge. No rito angola, o deus guerreiro é Incoce ou Roxo Mucumbe. 

Fonte: História dos Orixás: Ogum. Disponível em <http://terradeorixa.blogspot.com.br/2011/07/ogum.html>. 04/08/2013.