terça-feira, 30 de julho de 2013

Exu


     Divindade mensageira entre os homens e os Orixás e desses entre si. Um dos deuses mais polêmicos das religiões afro-brasileiras. Desde sua origem, na África, está associado ao poder de fertilização e à força transformadora das coisas. Nada se faz, portanto, sem sua permissão. Entre os objetos que o representam está o ogó, instrumento de madeira esculpido em forma de pênis e adornado com cabaças e búzios, que representam os testículos e o sêmen. Espírito justo, porém vingativo, Exu nada executa sem obter algo em troca e não esquece de cobrar as promessas feitas a ele. Um mito iorubano conta que dois amigos esquecerem de fazer as oferendas devidas a Exu. Esse colocou na cabeça um chapéu pintado: de um lado vermelho e de outro branco. Ao passar entre os dois amigos, cumprimentou-os e prosseguiu. Os amigos, intrigados, se questionaram: "Quem seria o andarilho com aquele chapéu vermelho?". O outro retrucou: "Não, o chapéu era branco". Discutindo a respeito da cor do chapéu, os amigos começaram a brigar até matarem-se.
     O dia de Exu é a segunda-feira, dia das almas no calendário católico, e suas comidas preferidas são o galo, farofa de dendê, pimenta e cachaça. Por ser mensageiro entre os mundos, também está relacionado com a morte, por isso recebe oferenda em cemitérios e nas encruzilhadas (onde os caminhos se encontram). No rito jeje, o deus mensageiro é Elegbará, Legba ou Bará (conforme se diz no batuque gaúcho. No rito angola é Aluviá.

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