É o Orixá da guerra e do fogo. Conhecido, também, como ferreiro, é uma espécie de herói civilizador africano que conhece os segredos da forja, necessários para a fabricação de instrumentos agrícolas e de guerra . Por isso, seus símbolos são a espada e ferramentas como a enxada e a pá. No mito, Ogum teria sido filho do rei Odudua, fundador da cidade de Ifé (principal centro divulgador da cultura iorubana da África) e conquistador de vários reinos. No Brasil, suas virtudes para o combate o aproximavam dos santos guerreiros como Santo Antônio, que já no século XVI era considerado protetor dos portugueses contra os invasores luteranos. Santo Antônio recebeu diversas honrarias militares nas províncias brasileiras, foi alistado como soldado, chegando inclusive a ser promovido a capitão pelo governador da Bahia em 1705. Outro sincretismo de Ogum foi com São Jorge, ocorrido principalmente no Rio de Janeiro. Esse santo ,guerreiro, retratado em seu cavalo, de onde combate e vence, com uma lança, um dragão. Era, também, venerado pelo exército. Na guerra do Paraguai, na qual lutaram muitos negros, atribui-se à proteção de São Jorge (Ogum) a vitória dos brasileiros na Batalha de Humaitá. No rito jeje, corresponde a Ogum o vodum Doçu, filho do rei tido como cavaleiro que dança usando um chicote e também associado a São Jorge. No rito angola, o deus guerreiro é Incoce ou Roxo Mucumbe.
Fonte: História dos Orixás: Ogum. Disponível em <http://terradeorixa.blogspot.com.br/2011/07/ogum.html>. 04/08/2013.
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